Hoy no he dormido bien, quizás por que empiezo mis vacaciones o por cosas de la edad... Mi primer impulso de buena mañana, cuando aún el sol era una promesa, fue escuchar fados y recordé este, Madrugada de Alfama, cantado por Amália que tanto me gusta y que tan buenos recuerdos me trae. Espero que disfruten como yo en este canto a la Ciudad que, según dicen, es la que más madruga de Europa, seguramente para ver esa "colcha amarela".
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Madrugada de Alfama
Música de Alain Oulman y letra: de David Mourão-Ferreira
e chamam-lhe a madrugada,
mas ela, de tão estouvada
nem sabe como se chama.
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Mora numa água-furtada
que é a mais alta de Alfama
e que o sol primeiro inflama
quando acorda à madrugada.
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Mora numa água-furtada
que é a mais alta de Alfama.
Nem mesmo na Madragoa
ninguém compete com ela,
que do alto da janela
tão cedo beija Lisboa.
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E a sua colcha amarela
faz inveja à Madragoa:
Madragoa não perdoa
que madruguem mais do que ela.
E a sua colcha amarela
faz inveja à Madragoa.
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Mora num beco de Alfama
e chamam-lhe a madrugada;
são mastros de luz doirada
os ferros da sua cama.
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E a sua colcha amarela
a brilhar sobre Lisboa,
é como a estatua de proa
que anuncia a caravela,
a sua colcha amarela
a brilhar sobre Lisboa.
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