jueves, 14 de abril de 2011

Madrugada de Alfama de Amália Rodrigues

Hoy no he dormido bien, quizás por que empiezo mis vacaciones o por cosas de la edad... Mi primer impulso de buena mañana, cuando aún el sol era una promesa, fue escuchar fados y recordé este, Madrugada de Alfama, cantado por Amália que tanto me gusta y que tan buenos recuerdos me trae. Espero que disfruten como yo en este canto a la Ciudad que, según dicen, es la que más madruga de Europa, seguramente para ver esa "colcha amarela".
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Madrugada de Alfama

Música de Alain Oulman y letra: de David Mourão-Ferreira

Mora num beco de Alfama
e chamam-lhe a madrugada,

mas ela, de tão estouvada

nem sabe como se chama.

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Mora numa água-furtada

que é a mais alta de Alfama

e que o sol primeiro inflama

quando acorda à madrugada.

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Mora numa água-furtada

que é a mais alta de Alfama.

Nem mesmo na Madragoa

ninguém compete com ela,

q
ue do alto da janela
tão cedo beija Lisboa.

.
E a sua colcha amarela

faz inveja à Madragoa:

Madragoa não perdoa

que madruguem mais do que ela.

E a sua colcha amarela

faz inveja à Madragoa.

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Mora num beco de Alfama

e chamam-lhe a madrugada;

são mastros de luz doirada

os ferros da sua cama.

.
E a sua colcha amarela

a brilhar sobre Lisboa,

é como a estatua de proa

que anuncia a caravela,

a sua colcha amarela

a brilhar sobre Lisboa.

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